Exposições na Biblioteca do Gragoatá e no CCBB lançam nova luz
ao tema.
Por Janaina Medeiros.
A próxima edição do Controversas terá como tema os 50 anos do
golpe de 1964. “Descomemorada” em 31 de março, a data inspirou inúmeros debates
e trabalhos sobre a memória dos períodos de chumbo. Vale a pena conferir alguns
deles.
Em parceria com o aluno Vinícius Damazio, o professor de
Comunicação Social da UFF Ildo Nascimento preparou uma exposição com 22 capas
de jornais publicadas durante os anos de ditadura, evidenciando os aspectos
gráficos e os instrumentos para driblar a censura. Inaugurada no próximo
dia 29 de abril na Biblioteca do Campus Gragoatá, a exposição ainda traz
informações sobre a cultura e a política de cada ano, disponíveis em largos
painéis. Os expositores se preocuparam também em informar a bibliografia
utilizada, presente ao lado de todas as capas, incluindo o número de retirada
na própria biblioteca.
Ainda no Instituto, a rádio Nas Ondas do IACS apresentará uma
programação especial com as músicas que embalaram a resistência à ditadura.
Compositores como Chico Buarque e Caetano Veloso farão parte do repertório. A
rádio pode ser acessada pelo link http://www.nasondasdoiacs.uff.br/.
CCBB: exposição idealizada pelo Instituto Vladmir Herzog
Até o dia 28 de abril, o Centro Cultural do Banco do Brasil
(CCBB) apresenta a exposição RESISITIR
É PRECISO. A mostra foi idealizada pelo Instituto Vladmir Herzog e
mostra a luta contra o regime militar por meio de obras fotojornalísticas,
artes plásticas e documentação histórica. O CCBB funciona de quarta a segunda, das 9h às 21h.
Em parceria com a Livraria da Travessa, a instituição também
realizou uma série de debates sobre o tema. Ivo Herzog, que esteve presente nas
discussões representando o Instituto que leva o nome de seu pai, também
participará do primeiro dia do Controversas. Imperdível!
O que já rolou de bom
O grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro promoveu a
entrega da 26° Medalha Chico Mendes, no início de março. Dentre os homenageados
escolhidos, estão nomes como o presidente deposto João Goulart e o pedreiro
Amarildo de Souza, desaparecido na Unidade de Polícia Pacificadora da Rocinha.
As medalhas foram entregues no dia 1° de abril no Salão Nobre da Faculdade de
Direito da UFRJ.
A Biblioteca Nacional também apresentou dois seminários nos dias
27 e 28 de março, com mesas sobre o papel da Imprensa alternativa durante a
ditadura e a relação das artes e literatura com a censura. O evento aconteceu
no Auditório Machado de Assis, na Fundação Biblioteca Nacional.
Afasta de mim esse cale-se
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